sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Cidade dos Homens chega a maioridade e desce o morro

Pontuado pelos aniversários de dezoito anos de seus protagonistas, Cidade dos Homens chega ás telonas para mostrar o crescimento de seus personagens. Laranjinha e Acerola não lutam apenas para sobreviver, mas para descobrir quem são, encontrar seu lugar na vida adulta.

Enquanto laranjinha busca o paradeiro de seu pai, Acerola reluta em assumir seu papel de pai. Ambos os temas introduzidos na série, são reapresentados no filme, o que pode parecer repetitivo, mas necessário para situar o expectador que não acompanhava a série na TV.

O longa segue o ritmo da TV além de ser pontuada por flashbacks, (da série e do curta-metragem Palace 2), que remontam ao expectador, a trajetória vivida pelos personagens. Cenas feitas com a Câmera na mão e edição frenética, como na TV, aumentam a tensão na disputa pelo poder na favela.

Pano de fundo para a história, a guerra pelo poder é declarada no morro. Laranjinha e Acerola são obrigados a deixar a Favela da Sinuca, e acabam descobrindo que a cidade pode ser tão, ou mais, hostil que a favela.

Sem seu referencial, é na Sinuca que está tudo e todos que conhecem, e atravessando uma fase de auto-conhecimento, os personagens descobrem fatos que os colocam em lados opostos da disputa. A partir daí cabe a cada um decidir como levar suas vidas.

Derivada de Cidade de Deus (2002), Cidade dos Homens apresenta um Rio de Janeiro muito diferente do longa de Fernando Meirelles. Onde a cidade lá em baixo pode ser mais confusa e perigosa que a favela. O filme também mostra a importância do meio em que vivemos, assim como das relações de amizade construídas desde a infância, nas nossas ações adultas. Para Laranjinha e Acerola fatores determinantes, na escolha do caminho a seguir, seja ele um lado da disputa ou a renúncia do mundo que conhecem.

http://www.annainf.blogspot.com

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Música para latino ouvir

Navegando pela internet, vi que saiu a lista dos artistas indicados ao Grammy latino, que acontece dia 8 de novembro em Miami. Não é das premiações mais badaladas por aqui, mas eu, que adoro espanhol e a música latina em geral, gosto de acompanhar, até pra conhecer novos artistas. Qual não foi a minha surpresa ao ver que, tirando as categorias exclusivamente brasileiras, nosso representante na comunidade latina atende pelo nome de Ricky Vallen (alguém aí conhece?). Indicado na categoria "Revelação", ele foi lançado no programa de calouros do Raul Gil. Vi uma vez em um programa qualquer na televisão e achei horrível. Vá lá, tem gosto pra tudo, mas... fica a pergunta: será esse o futuro da música brasileira lá fora???

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Vida


Numa tarde gostosa, quando a brisa fresquinha fizer cócegas em seu rosto, quando o sol estiver quase se pondo, quando a vida estiver acontecendo lá fora, recolha-se e sinta a sua vida. Sente-se na areia, olhe para o mar, deixe o vento bagunçar seus cabelos e sinta o bater do seu coração. Ele faz um barulhinho bom, barulho de vida contando os seus segundos como um relógio interno cuja bateria não sabemos quando termina.

Sinta o calor ameno do sol encostando em sua pele, a areia da praia tornando-se mais geladinha e o ventinho beijando seu rosto. Olhe a paisagem, contemple o céu. Pense em Deus. Pense no máximo de momentos que você já viveu em sua vida. Relembre e sinta saudade. Relembre e sorria com as dificuldades ultrapassadas. Mexa os pés. Pegue a areia com as mãos e a deixe escapar pelos dedos.

Respire fundo e se emocione com as suas saudades. Deixe o ar percorrer por dentro de seu corpo e ao sair expulse com ele todas as amarguras, o seu orgulho, o seu egoísmo. Ao inspirar novamente, renove suas energias e reproduza amor.

Seu coração bate. Os segundos estão passando e a vida está acontecendo. A bateria pode estar no fim ou na metade. Quem sabe? Mas pode ter certeza que esta bateria é recarregável. A bateria da vida se renova, mas enquanto o seu relógio funciona, faça valer à pena.

domingo, 26 de agosto de 2007

Meia-cama


Pessoal, ai vai um dos meus "trabalhinhos" nas horas vagas rsrsr
Bjs para as moças e saudações aos rapazes.


Mas o quê?
Que a zombaria da penumbra
Um facho de meia-lua
Ironicamente pouse, arranhe
O contorno sutil da espádua nua?

Não, nem mesmo a chuva redime
Ousada ingratidão soturna
Ardil que se assanha pelos cantos
Nos meandros da noite escura
Não, nem sempre o piedoso céu
Nem e pena das estrelas, nem véu
Aviltada e vítrea musa

Mas ora!
Como deitada te pões
Deita-se por vez o tempo em movimento
E como à meia-luz te atemorizas
Da bruma cinza e hostil
Surge todavia o altaneiro Sol
Em profusão de luzes nuançadamente róseas
Engendradas pela solidão de uns olhos
Como as cores que multiplicadamente vibram
Num espelho sabiamente côncavo

E agora que já te repousas
Basta-se inteira a claridade
Aconchegando a alva beleza renovada
E agora que a mim já te revelas
Basto-me em pedaços
Na solidez desta vigília
Na penumbra de um desejo inusitado
Em meio à madrugada
Em meia-espera
À meia-cama.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Vagabundos Iluminados


Galera, acabei de ler um livro chamado Vagabundos Iluminados de Jack Kerouac, escrito em 1952 e publicado em 1955. O livro retrata as viagens que o autor sob o pseudônimo de Japhi faz da costa leste a costa oeste dos Estados Unidos na década de 50; somente com alguns trocados no bolso ele e seus amigos zenbudistas percorrem o país de costa a costa pregando apenas a liberdade pura e plena, o trabalho somente como meio de ajudar a liberdade e viver sempre em paz e no prazer da liberdade.

Com este livro e outros como On The Road e Submundos, Kerouac e seus amigos escritores inauguram a geração Beatnik, uma geração que pregava somente a paz e a liberdade pura e plena; aliás esta geração foi precursora dos Hippies, por isto se diz que todo Hippie deve sua liberdade a um Beatnik. O livro nos leva a realmente viajar nas mentes incansáveis de Kerouac e seus companheiros zenbudistas na busca pela iluminação pessoal e por uma explicação do mundo. O resto é só vocês lerem mesmo.

Bem, dica dada beijos e abraços.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Antes que termine o dia


Quando pretendo alugar um filme, normalmente, acabo parando na área de comédia. Em especial, a de comédia romântica. Sou fã, de carteirinha, daqueles 'água com açúcar', com direito a final feliz ou aquele final triste, do tipo que nos faz repensar sobre algumas questões.

Foi o que aconteceu quando aluguei Antes que termine o dia, mas nesse caso foi um romance que eu aluguei. Jennifer Love Hewitt, protagonista do filme, também canta as duas músicas da trilha sonora, que por sinal é lindíssima: Love Will Show You Everything e Take My Heart Back. O filme faz chorar sim, mas acima de qualquer coisa, promove uma sensação boa. A sensação de que devemos repensar nossos conceitos sobre o que é viver e como viver.
Apesar de hollywoodiano, o longa é sutil e de uma profunda sensibilidade que nos leva à reflexão. E quer coisa melhor do que assistir a um filme que tem a Inglaterra como cenário e o inglês que se ouve é maravilhosamente britânico? Amo Nova Iorque, é verdade. Todo filme ambientado naquele local me deixa em estado de êxtase, mas a Inglaterra tem o seu charme.

O filme inicia com a rotina de um casal na Inglaterra. Ele é um executivo e ela é uma musicista. Tudo se mostra, aparentemente, normal à primeira vista, mas logo percebemos o que está errado. É nesse ponto que começamos a nos questionar o motivo pelo qual não percebemos nossos pontos fracos e onde falhamos com as pessoas.

E se tivéssemos a chance de recomeçar? E se tivéssemos a oportunidade de fazer tudo novamente, mas de outra forma? É nisso que o filme se baseia. O título original If Only mostra isso. E se...só se...

Com puríssima sensibilidade o filme toca no fundo de nossas emoções. E por que não chorar? Feliz é aquele que se emociona, que repensa, que se questiona e que consegue ver as maravilhas da vida nas pequenas coisas.

Recomendo!
Beijos


sexta-feira, 17 de agosto de 2007

30 anos sem Elvis

Em 16 de agosto de 1977 o mundo se despedia de Elvis Presley, que morria aos 42 anos. Considerado um dos percussores do rock and roll, hoje, 30 anos depois, Elvis ainda é adorado por fãs do mundo inteiro. Chamou atenção com sua gingada sexy nos anos 50, com sua maneira de cantar muito semelhante a dos artistas negros da época, conseguindo tirar o rock do gueto e trazer para o mainstream, sendo muito criticado até hoje por isso. Mas sabemos que grande parte do mérito por ouvirmos rock e por todas as vertentes que surgiram dentro do estilo foi em grande parte graças ao “Rei”.

Teve seu período de ouro na década de 60 e mesmo já fora de forma, um pouco mais gordo, conseguiu se reinventar e se tornou o ícone da cultura pop com seu visual “Las Vegas”. Elvis é único, idolatrado por muitos, que amam todas as fases do cantor. Alguns chegam ao ponto de não se conformarem com sua morte e acreditam que Elvis não morreu. Que está vivo até hoje, vivendo por aí escondido e se divertindo com tudo que criaram em torno de sua figura.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Só p/ constar...

Galera, só para confirmar!

Derrisão - do Lat. derisione, s. f., riso motejador; escárnio; troça; mofa.
Quem disse que não se tira nada de uma palestra ruim???

Um "derriè" pra lá de famoso


Ai gente, me desculpe, mas eu devo comentar o que vi hoje. Aliás, o que tenho visto ultimamente. Todos nós sabemos que essas notinhas que saem no canal Ego, da Globo.com, são sempre referentes ao mundo 'badalado' dos artistas. Há de confessar que algumas coisas são curiosas, mas isso que chamam de jornalismo eu acho brega e ridículo demais.

Como todos os dias, ao chegar no trabalho hoje, comecei a ler alguns jornais e visitar o Globo.com .Curiosa como toda mulher é (e mulher jornalista é pior ainda, essa é uma desculpa que eu sempre dou), claro que fui ao Ego consultar as 'boas novas' do dia. Me deparei com uma notícia bombástica: "Jennifer Lopez descansa em Porto Rico e exibe celulites". Meu Deus! Fiquei chocada! Sinceramente, essa notícia acabou com o meu dia. Coitada da Jennifer Lopez, com um derriè daquele, realmente é difícil manter toda aquela estrutura sem as 'malditas'.

Chego ao fim do expediente ainda perplexa. Se aquilo que a Jennifer Lopez exibiu, em Porto Rico, sem o menor pudor é celulite, peço a Deus que não me faça pensar o que eu tenho exibido nos últimos verões...Céus!

De uma coisa eu tenho certeza: não desejo ser famosa. Pelo menos, poderei ir à praia exibir as minhas celulites com a convicção de que não sairei no Ego. Ufa!

Beijos

Tropa de Elite

Galera não sei se já viram, mas está em circulação pela internet e pelo camelódromo da Uruguaiana o filme "Tropa de Elite" baseado no Livro "Elite da Tropa". O filme conta com a presença de Vagner Moura (Capitão Nascimento) e outros atores nem tão conhecidos; mesmo assim arrebentam nas suas atuações como badidos e policiais. O filme é narrado por um ex capitão do BOPE (Nascimento) que conta sua história através da história do BOPE que se passa em 1997.
Achei o filme muito bom porque não é nem a favor e nem contra a polícia e os bandidos, simplesmente conta a realidade; falo isto porque conheço pessoas que trabalham e trabalharam no BOPE e ex amigos que entraram para o tráfico e disseram que o que se passa é exatamente isto mesmo. Têm gente ruim na polícia, mas também gente boa e honesta; têm gente ruim na favela mas também trabalhador que sofre com a guerra. E uma coisa que achei o mais importante no filme é que a gente gosta de falar mal de polícia e morador de favela, mas assim como existe gente do mal dos dois lados existe gente boa também; policial honesto também existe e também têm família.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Bergman e Antonioni

Não sei se alguém viu, mas achei muito interessante o último Arquivo N da Globo News sobre os dois cineastas. São relembradas cenas memoráveis de alguns de seus filmes, mescladas com depoimentos dos autores e com a análise do crítico Sérgio Augusto.
Seria um material muito útil para a aula de Teoria da Imagem, por exemplo.
Também saiu uma matéria de 3 páginas no Globo do domingo retrasado discutindo a questão do cinema autoral, com lista dos maiores cineastas e herdeiros em potencial da forma "narrativa" de se fazer cinema. Muito legal.
Se alguém quiser, posso mandar as páginas.
Saudações.